Alimentos fermentados: A revolução para uma saúde plena

por Catarina Valente

Descobre os segredos dos alimentos fermentados ‘vivos’ para transformar a tua saúde e paladar. Tradição ancestral, métodos de conservação e a importância na cultura moderna.

Primeiros habitantes da Terra
As bactérias foram dos primeiros habitantes no planeta Terra. A partir da fermentação entre elas e das mutações que este processo criou, formaram-se o resto dos seres que vemos hoje. Seres que nos rodeiam e habitam dentro e fora do nosso organismo. Daí a importância de consumir alimentos fermentados “vivos” (em cru) para recuperar a saúde intestinal e saborear pratos saudáveis e deliciosos. 

Método de conservação
A fermentação foi a maneira mais simples de conservar os alimentos na antiguidade, aqueles que se podiam estragar de uma estação para outra. Foi usada ao longo da história por todas as culturas do mundo.

Antes da aparição dos frigoríficos, este método era usado para preservar os alimentos durante longos períodos de tempo, pois não estavam disponíveis alimentos “fora de época”. Nos países onde o clima era frio, a escassez de alimentos de origem vegetal provocava doenças e desnutrição no geral, por isso as populações recorriam à fermentação como forma de contornar esta limitação.

Na nossa cultura existem alimentos que foram fermentados toda a vida: as azeitonas, a cebola e alguns vegetais. Alimentos que tradicionalmente se conservavam em sal, ingrediente principal da fermentação. 

Esta tradição foi-se perdendo devido à revolução industrial que trouxe consigo técnicas devastadoras que matam as bactérias benéficas (pré e pró bióticas) presentes naturalmente nos alimentos. Como? Através da pasteurização e da utilização de produtos químicos. Neste caso, já não podemos falar de alimentos vivos, mas sim de comestíveis para o paladar.

Como fermentavam os antigos?
Colocavam os alimentos que se iam estragar (recolhiam o que a horta dava no verão para comer durante o inverno) entre camadas de água e sal dentro de algum recipiente. Quando viajavam levavam consigo estes frascos, já que não tinham acesso a alimentos frescos. Assim garantiam as vitaminas e minerais necessários que os ajudavam a prevenir doenças como o “escorbuto”, a combater bactérias e a melhorar a saúde em geral. 

Esta tradição ainda se mantém em países que guardam os seus costumes, como é o caso da Coreia com a elaboração do Kimchi, o Japão com o Miso e a Indonésia com o Tempeh. Nestes países a fermentação é todo um acontecimento que envolve a família e, inclusive, os vizinhos. 

Na nossa cultura devemos voltar a consumir alimentos fermentados de qualidade como vegetais fermentados, kombucha, picles… Alimentos que nos nutrem e que nos fazem voltar a desfrutar de sabores únicos, como quando comemos umas boas azeitonas condimentadas com ervas aromáticas.

Catarina Valente

Professora e Chef Alimentação Saudável – Medicina Ayurveda

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